domingo, 9 de outubro de 2011

Análise dos sambas de São Paulo parte 1

Agora que todos já tem samba, vou fazer uma análise de cada escola, apontando qualidades e possíveis más elaborações.

Vai-Vai: Um dos melhores enredos que ouvi. O refrão é de boa qualidade, porém deixa explicito um pouco de patrocínio no verso "Como é bom brilhar". O enredo faz uma alusão a uma declaração feita pelo homem ao longo de sua história. A finalisação onde é citada a presidente levantará o público. A saracura está de parabéns!
Tucuruvi: Acho que o tema abordado pela escola é repetitivo, mas é sempre bom relembrar as origens, ainda mais num momento tão bom da agremiação. O enredo mostra uma África que o homem branco desconsiderou, um continente curioso e rico. O ritmo é bom para a Tucuruvi que canta muito. Pode conseguir uma classificação considerável
Vila Maria:  Achei o primeiro refrão muito parecido com o da Mocidade Independente em 2011. E igualmente entusiasmante. O tema da Vila mais conhecida é uma das inovações e seguido de um ótimo enredo, outro dos melhores. Eu só acho que a parte que fala da internet deveria ser a última para dar uma linha cronológica.
Mancha Verde: Um belo samba que conta a humildade nos passos do homem. O público pode ter um pouco de dificuldade para cantar, devido às palavras de origem africana. A mancha promete emocionar nesse samba e buscará o título. Aconselho as outras tomarem cuidado com ela.
Gaviões da Fiel: O melhor samba. Ouvi ele três vezes ontem. Um samba que agente pode dizer que foi feito para a comunidade, ainda mais por homenagear lula. Perfeitamente trabalhado, não foca muito nem o corinthians, nem o ex-presidente, mas faz um equilíbrio junto com o nordeste que cheira boa colocação 
Águia de Ouro: Quem diria que a tropicália daria um enredo tão entusiasmante. Um tema inovador que no início parecia não ser boa ideia. Mas a escola soube escolher o enredo que exaltará grandes nomes da nossa música. A escola pode usar e abusar do colorido, que caracteriza os diferentes momentos da letra
Mocidade Alegre: Como na Mancha, o público que não convive com a escola pode ter dificuldade para cantar, mas a escola fez um ótimo trabalho e com certeza reconquistará um lugar nas cabeças. Quando menciona o nome de Jorge Amado, a escola faz uma brincadeira com as palavras muito emocionante.

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