quarta-feira, 18 de junho de 2014

Afinal, enredo batido existe?


   Todos os anos nessa mesma época do ano acontece uma intensa movimentação no mundo do samba. As escolas já passaram pela virada de ano e estão à procura de um enredo para desenvolver rumo ao próximo carnaval, mesmo passados poucos meses do mais recente. As escolhas das agremiações mexem com o imaginário dos foliões, e sempre surge alguém que fala que é um "enredo batido". Mas afinal, existe isso mesmo?
   Os enredos são considerados batidos quando muitas escolas recorreram às suas temáticas nos últimos anos. Temos muitos exemplos que cabem nessa descrição, talvez o mais simples seja a Amazônia que sempre arruma um jeitinho desfilar no meio da maior festa do mundo.
Desfile do Acadêmicos do Grande Rio sobre a Amazônia, 2006
   E nessa linha temos muitos outros enredos como o povo do nordeste, a África, os orixás, o Rio de Janeiro e entre outros. Fora os casos de duas escolas apresentarem uma mesma temática em um mesmo ando (sendo ambas do Rio ou de São Paulo). Algumas agremiações são até taxadas pela quantidade de enredos que "se repete" na avenida. Porém será que realmente é batido? Será que o público está "cansado de ver isso?"
Desfile do Acadêmicos do Tucuruvi sobre o povo nordestino, 2011
   A resposta é NÃO. Está certo falar que há sim um certo desconforto, pois os torcedores temem que as escolas sejam má compreendidas pelos jurados. Mas um bom carnavalesco sempre acha um meio diferente de abordar o tão esperado enredo, muitas ideias podem surgir para tentar amenizar esse clima de "já vi este filme" e dá certo. A primeira vista pode ser tudo parecido, mas sempre haverá um fio condutor diferente por trás de cada desfile, o que torna a festa interessante. Então, não se preocupe se a sua escola do coração escolhe algo comum à primeira vista. Você pode se surpreender com o resultado na avenida!
Desfile da Portela abordando o Rio de Janeiro com foco nas mudanças da zona portuária, 2014

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