segunda-feira, 23 de julho de 2012

Série Ouro... E é aqui que as opiniões se dividem

Vou expor a minha opinião sobre o problema. Antes, quero lembrar de que não tenho como finalidade provocar nenhuma confusão ou desagradar alguém. Será apenas uma exposição sobre um dado assunto.

   A Liga das Escolas do Rio de Janeiro decidiu que no carnaval de 2013 os grupos de acesso A e B se unirão para disputar um único prêmio: O campeonato e a ascensão ao grupo especial. O grupo chamado "Série Ouro" vai comportar 19 agremiações que estavam nos grupos anteriormente citados. Eis seus nomes na ordem dos desfiles:
   Segundo algumas fontes, os desfiles serão de 55 minutos e terão direito a quatro alegorias e três tripés. As escolas, como pode ver, desfilarão misturadas, pois disputam um único prêmio e todas receberão 400 mil para o desfile.
   Claramente vemos o primeiro incômodo desse novo grupo: O número de escolas. Nos tempos de meus pais, já desfilaram 18 escolas em dois dias. Agora serão 19, uma a mais. E que diferença faz? Toda. Em um grupo onde 19 cabeças se dividem em duas noites, cada minuto é precioso. Você já pensou num possível atraso de uma delas, o que pode acarretar todo o resto dos desfiles?
   Agora é que a coisa começa a tomar outro rumo. Quando li isso, algo me levou à postagem que eu fiz falando sobre as campeãs do grupo de acesso. E essa realidade afetará e muito elas. Como uma escola que faz um desfile com quatro alegorias conseguirá fazer um desfile com oito (o dobro)? E a questão do favoritismo também paira nesse grupo. Escolas como Império Serrano, Cubango, Porto da Pedra e Viradouro são as favoritas, mas será que as "menos faladas" como Vila Santa Tereza, Sereno de Campo Grande e União do Parque Curicica não têm as mesmas chances? Visivelmente sim. Mas é difícil aceitar o fato de que futuramente uma dessas poderá enfrentar Beija-flor, Mangueira, Vila Isabel e Salgueiro, por exemplo. Não que as agremiações sejam ruins, mas que precisam primeiro amadurecer para chegar a um lugar tão alto no mundo do samba. E tem que fazer por si só, sem ajuda de um grupo de pessoas que não consegue comandar as escolas de samba.
   Pois bem. Não acho que a criação desde grupo foi uma solução para os problemas. Espero estar errado, queimar a língua e ser convencido de que me enganei. Mas do contrário, pode ser mais uma pista de que o carnaval está sendo cada vez mais prejudicado por pessoas que não sabem administrar essa indústria crescente.

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