Final do carnaval de 2013 e a Beija-flor já escolhia seu enredo para o ano seguinte: Homenagear o empresário Boni. Mas como fazer isso, sendo que o próprio homenageado disse que sua vida não dava um bom enredo biográfico para um desfile. Então, ficou decidido que o enredo seria sobre a comunicação e terminaria com a homenagem anteriormente planejada.
Divulgada sinopse, passaram as eliminatórias e o samba foi escolhido. Muita gente não gostou do que viu, do que se passou na quadra da escola Nilopolitana (até mesmo quem vos escreve), afirmando que não iria dar certo, que a escola era favorita ao rebaixamento e as opiniões estavam mais do que divididas. Mas, o bom nilopolitano sabia que não precisava temer...
Se analisarmos os outros sambas do especial e até da própria Beija-flor vemos que o samba é fraco, não tem toda a majestade presente só nos sambas da escola. Porém não significa que a comunidade não o abrace. O que se viu na noite de domingo (16/02) durante o ensaio foi um banho de água fria nos desconfiados. Como se não bastassem o talento inquestionável de Neguinho da Beija-flor, o bailado suave de Claudinho e Selminha e o balé da comissão de frente, a comunidade e a torcida presente mostraram o porque do apelido de "Deusa da passarela" cantando forte e de manera incrível (e já esperado pelos torcedores) o samba, principalmente nas paradinhas. E mais uma vez a comunidade mostra força no gogó, abraça a escola com toda força e "marcha" rumo à uma evolução incrível atrelada à organização de Laíla e seus companheiros.
Já temos a garantia de uma Beija-flor bela esteticamente, como sempre. A escola está provando, mais uma vez, que não se deve julgar um carnaval pelo enredo/samba. Como fez em 2013 com o manga-larga marchador, em 2010 com Brasília, em 2005 com as missões jesuítas... Vamos esperar a entrada da "deusa do samba na passarela", pois "a marca do carnaval é ela" e ela não tem medo.
creditos imagens: Marques da Folia
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