quarta-feira, 15 de julho de 2015

Eliminatórias, entre o sagrado e o profano

 
  Entre os meses de Julho a Outubro as quadras das escolas de samba ficam movimentadas, é a etapa de eliminatória de sambas. Compositores se reúnem em parcerias ou mesmo em obras solo para tentar levar sua letra para a avenida no ano que está por vir. Um período interessante e um pouco cruel, pois não é fácil se apegar a um samba e ele perder. Muitos não acompanham, ouvem só as finais ou ouve pouco para evitar o acontecimento ali acima citado. Mesmo assim é mais um fenômeno que prova que carnaval não só em fevereiro (meio clichê, mas verdade).
   E junto com esse período vem as já tradicionais análises dos "sambistas" que mal veem o título do enredo e já rebaixa a escola, difama o enredo pelos quatro cantos possíveis do Brasil e se possível por cinco cantos, o dos grupos das redes sociais. Essa figura está sempre presente e para 2016 não é diferente. Entretanto, uma ação contrária está acontecendo com igual força - acredito que ocorra todo ano também, mas esse ano está especial - a marcha que reconhece e apoia grandes obras que estão entre os concorrentes.
   Como não destacar a maravilhosa safra da Mocidade Alegre e a força de Ayó lá pelas terras da garoa? Ou os sambas das parcerias de Turko e Godoi na Dragões da Real? Pelas bandas da cidade maravilhosa o samba da compositora Denise Reis encantou por tentar resgatar a cadência de sambas antigos, o samba de Zé Katimba vem emocionando num enredo que diziam ser um dos piores do ano (Zezé de Camargo e Luciano) e não podemos esquecer dos sambas do Marcelo Motta e do Xande de Pilares na malandragem do Salgueiro com seu formato de mata-mata. Todas essas verdadeiras obras-prima. E tem muito samba ainda para se revelar.
   2016 traz enredos diferenciados nos grupos principais e nos grupos de Acesso, a originalidade da série A carioca mais uma vez impressiona os sambistas que enchem os corações para defendê-los e não deixar que o mal virtual contagie negativamente essa etapa. O que resta agora é esperar e torcer muito para as diretoria das escolas façam as melhores escolhas para defender seus pavilhões em mais uma folia de momo.

Um comentário:

  1. É uma fsse bacana msm q mexe com a emoção da gente, é muito samba bom q arrepia, q surpreende e q nos prende. É uma expectativa muito grande por sambas d parcerias consagradas e uma tristeza enorme quando nos apegamos a um samva e ele cai e se perde em meio a tantos outros concorrentes q não foram pra avenida dos sonhos, carioca ou paulistana. Belo texto parabéns.

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