Deixando um pouco de lado as crônicas sobre as escolas de samba, vou falar um pouco dos enredos. E ouvindo um dos maiores sucessos do carnaval de 2012, o samba da salgueiro, resolvi falar do nordeste no samba.
De uns tempos pra cá, o nordeste tem servido de base ou de tema para muitas escolas e tem dado certo. Desfiles impecáveis como Imperatriz 2001, Mangueira 2002, Rocinha 2010, Tucuruvi 2011, Salgueiro 2012, Portela 2012, entre outros ficaram na memória dos amantes do samba. E o mais legal é que as escolas não procuram retratar o cenário de seca e pobreza do sertão, mas mostram o lado colorido, alegre que muita gente esquece de lembrar.
Nem sempre o nordeste em geral é retratado. Os estados da Bahia e de Pernambuco são os preferidos das agremiações. Mas não é padrão. Enredos sobre Piauí (Tom Maior 2006), Maranhão (Tucuruvi 2010 e beija flor 2012 - mais precisamente falando da capital) já apareceram no meio dos domínios baiano e pernambucano.
E como não falar das inovações nas representações? Na salgueiro o xote foi incorporado na bateria e na tijuca foi o baião. A Tucuruvi trouxe em 2010 o reggae e também foi o recurso da beija-flor esse ano. A portela trouxe agogô, cavaco e uma imensa diversidade de sons e a imperatriz que tomou o nordeste de base trouxe o berimbau. A mangueira em 2002 levou as quadrilhas e a mancha verde em 2009 levou o forró e outros ritmos pernambucanos. Uma festa no meio do samba!
No meio de tanta festividade e alegria, as escolas de samba nos surpreendem cada vez mais. Obrigado nordeste, por ser tão... NORDESTE!
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