quinta-feira, 11 de julho de 2013

Sinopse Mocidade Independente 2014

   Abrindo os desfiles da noite de segunda-feira, a Mocidade Independente de Padre Miguel promete um enredo bem animado e brasileiro ao cantar Pernambuco com a visão do grande carnavalesco Fernando Pinto. O carnavalesco Paulo Menezes afirma que o enredo é a cara da escola e que com ele toda a comunidade da estrela guia vai aplaudir de pé mais um grande desfile da Mocidade. Confira a sinopse abaixo:

Manhã de carnaval de 1985.
A Mocidade Independente de Padre Miguel partiu para o espaço sideral
levando com seu samba, toda alegria, beleza e as cores do nosso carnaval.
Todo o universo enfim, festejava e se encantava com a alegria, a ousadia e a irreverência de seu criador.
E hoje, alguns “Ziriguiduns” depois, esta mesma alegria, beleza e cores estão de volta, como numa viagem no tempo e nas estrelas...
É o grande dia do Carnaval Universal!

“Quero ver no céu minha estrela brilhar...
Está em festa o espaço sideral,
Vibra o universo, é carnaval!”

- Alô, alô Planeta Terra!
Alô, alô Rio de Janeiro!
Alô, alô Mocidade Independente!
De bigu na estrela guia, estou voltando.
“Eita... saudade tá danada não me aguento, não”
Saudade da minha gente, das minhas cores.
Estou de volta à minha terra... aos meus devaneios...
“Parece que estou sonhando, com tanta felicidade...”
E quero viver intensamente cada momento dessa saudade.
Quero sair por aí, andar, correr, brincar...
Quero, mais uma vez, ser e sentir tudo aquilo que já vi e vivi um dia. E os que ainda não vi e nem vivi, deixar a emoção desse encontro me levar, me transportar e me transformar.

“Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, eu sou o Leão do Norte”

Quero ser o coração do folclore, e pulsar a cada batida dos tambores, não importando de onde eles venham, se das bandas ou das orquestras, dos salões ou dos teatros, das ruas ou do mangue, do baque solto ou do baque virado. E são essas batidas que fazem fervilhar as veias, as pernas, o corpo.

E com o corpo, quero pular, dançar, subir, descer e balançar... Ao som do baião, do frevo, do coco, do forró e do xaxado. Rodar a ciranda, de pés no chão, pés na areia.

“Mas foi na casa de lia
Numa ciranda praieira
Que eu vi minha estrela-guia
Nos olhos da cirandeira”

Nunca fui homem de um só personagem, já fui índio, onça e arara; já fui pirata, camaleão e ET. E hoje quero ser novamente livre, quero ser rei, vassalo, batuqueiro, calunga, mascarado. Quero ser cacique ou curumim. Quem sabe caipora ou babau, ou até pastora e brincante. Quero ser boneco, de vários tipos e vários tamanhos: pequeno, grande ou gigante. Do dia, da tarde, da noite ou de qualquer hora. Ou quem sabe um Mamulengo, contador de histórias, num cordel; e que saia por aí, de sombrinha nas mãos, atrás de um afoxé, com o povo num bloco, mas daqueles bem grandes, muito grandes... o maior do mundo!

“A manhã já vem surgindo,
O sol clareia a cidade com seus raios de cristal
E o Galo da madrugada, já está na rua, saudando o Carnaval.”

Quero ser as mãos de Vitalino, vida, forma e criação.
Vidas que nascem do barro, da madeira, da palha, da linha. Vidas que viram artes, artes que viram cores, cores que viram sonhos, sonhos que ganham as feiras e depois ganham o mundo. Quero riscar, tecer, rendar, trançar...
Quero pintar e bordar!!!!

Eu quero navegar...
Navegar nas águas da imaginação. Que essas águas me levem a caminhos e histórias do natural e sobrenatural, de mitos e lendas, de crenças e crendices. Vixe Maria, haja proteção!

Sou tudo isso e muito mais.
Sou o rio, sou o mar, o agreste e o sertão.
Sou o canto, sou a dança, sou o auto e o cordão. Sou o velho, sou o novo, o sagrado e o profano, a folia e o carnaval.
Sou mistério, sou a fé, sou Paixão e São João.
Acorda povo!...
Sou passado, sou futuro e do Norte sou Leão.

“Meu Deus, se eu pudesse
Fazer o que manda
O meu coração...
Voltava pra lá
Ou trazia pra cá
Todo o meu sertão”

E é hora de voltar, pelo tempo caminhar.
Mas eu quero mais samba, quero mais cores, mais alegria, mais Pernambuco!
Quero um pouco de tudo que vi e ouvi, senti e brinquei.
Vivi e vivo de sonhos, de transformar e criar. Vivo de emoções.
E todas essas emoções agora vão comigo, pois eu preciso dessa cor, dessa alegria, de uma gente e uma terra como essa.
O espaço precisa de uma Pernambuco, a minha Pernambuco.
Aliás, a minha “Pernambucópolis”

“Vejam
Quanta alegria vem aí...
...Minha cidade
Minha vida
Minha canção...”

E assim será!
Caboclinhos, boi-bumbá, frevos, afoxés, reisados e maracatus, mais uma vez farão a festa no espaço sideral.

Vibra o universo, é carnaval!
E lá vamos nós!
Borimbora!
Beijim, Beijim. Bye, Bye Brasil!

Fernando Pinto
Por Paulo Menezes
Numa noite de carnaval de 2014.
Colaboração: Departamento Cultural da Mocidade Independente

FONTE:: carnavalesco.com

3 comentários:

  1. Parabéns ao Carnavalesco Paulo Menezes pelo sintuoso enredo que escolheu para o Carnaval 2014 da Mocidade. Embora muita gente tenha criticado mais a Padre Miguel é uma Escola de Samba que desde cedo foi muito guerreira e não entrega facilmente os pontos porque vai a luta. Não tem comunidade que canta o samba enredo com vibração como esse povo de Padre Miguel, ainda não vi outros componentes com tanta empolgação, ritmo e harmonia, no quesito gogó ganha todas as outras. Esse enredo tem que vir riquissimo desde as primeiras alegorias até as ultimas alas que encerram o desfile. O carnavalesco tem que apostar na tônico do luxo e visual com muito bom gosto e utilização das cores no momento certo. Carnaval agora é glamour, é a busca das novidades visuais, a melhor técnica, a melhor encenação, criatividade, arrancando aplausos e admiração do público, se destacando em fantasias, alegorias, causando sempre uma revolução e modernidade num defile que o público nunca viu ou assistiu, uma seleção de visões e coisas ineditas, um repertório de melhor qualidade. A comissão de frente tem que impressionar o publico e os jurados com uma coreografia trabalhada e inteligente, buscando apresentar uma coisa muito mais inovadora que as outras estão apresentando. Uma encenação rápida, ousada e prática que arranque delirios e aplausos na passarela. Esse enredo Pernamucópolis deve ser igual ao Sol que ao amanhecer em Pernambuco já nasce quente como o frevo. O samba enredo tem que ser dinamico e inteligente como o enredo não pode ser escolhido um samba enredo morno tem que ser movimentado, agitado e empolgado. Interagindo com a arquibancada. As alegorias e fantasias tem que ser de fácil entendimento para não confundir e tornar-se cansado a sua leitura pelos julgadores e público. A bateria tem que vir afiada e ousada como os grndes herois pernambucanos e trazer novidades maiores ainda que mostrou em 2013. A harmonia tem que esta bem sintonizada e que cada ala e que cada alegoria sigam o seu tempo certo para não prejudicar o conjunto da escola que vai estar impecável. E muitos que tanto criticaram quando verem o resultado final do desfile e peceberam que a Mocidade agradou em cheio e quando ouvir o já ganhou, aí vão dar valor a todos que compõem a Mocidade, a diretoria, o presidente, o carnavalesco, os puxadores do samba, o mestre de bateria, os figurinistas, as passistas, os componentes da bateria, a comissão de frente que com certeza fara um show espetacular enfim toda a comunidade estará de parabéns. O destino da Mocidade não está somente nas mãos do presidente e do carnavalesco, o sucesso depende de todos que torcem e amam a Mocidade.

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  2. PERNAMBUCÓPOLIS - ENREDO 2014 - LETRA: ARNALDO REIS. UMA HOMENAGEM A VERDE E BRANCA DE PADRE MIGUEL.

    Fernando Pinto, a sua arte hoje vamos apresentar... A Mocidade está em festa, descem os morros e favelas; sacudindo a passarela saudando esse genio imortal. (bis) Nasceu em Pernanbuco terra de grandes herois, esse talento escultor, genio de grande valor; veio para o Rio de Janeiro modernizar o carnaval. Espirito de brasilidade, fé e religiosidade; deu vida as suas imagens, com sincretismo e devoção; destacaram as suas fantasias e alegorias; enfocando suas formas e expressão. Quem tem medo de macumba não carrega patuá, nem descarrega mandinga no terreiro de Oiá, Quem tem medo do asar bate na madeira três vezes, cuidado com o gato preto hoje é sexta feira treze (bis). A sua vida foi um alto astral; Mamãe eu quero Manaus; Degustando uísque escocês; eu vou gostar e virar fregues. Tupinicópolis,a sua terra brasilis, o índio se modernizou, oca virou taba e transformou taba em metrópole. Na Tropicália Maravilha revelou a apoteose brasileira, nossa raça hospitaleira, nossas matas e faunas, meu coração explodiu de brasilidade. Ziriguindum 2001, o carnaval nas estrelas, viajou em busca de emoção e foi encontrar a estrela guia lá no céu; fincou a bandeira do samba no imenso espaço sideral. Esse talento genial arrebatou a passarela ; dando lindos toques de alvorada, foi no Império Serrano que tudo começou, se sagrando muitas vezes campeão. Com a Mocidade algo bom aconteceu pindorama a dentro o grande Xingu apareceu. E mais uma vez o índio valente engrandeceu. Fernando Pinto, a sua arte hoje vamos apresentar... A Mocidade está em festa, descem os morros e favelas; sacudindo a passarela saudando esse genio imortal. (bis)

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    1. ficou bem legal... vi a sinopse contida, a alegria de pernambuco e os delirios geniais de fernando pinto. Parabens!

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